Não há como pensar o sentido da vida sem pensar sobre a sua finitude. Afinal, qual a lógica da busca por sentido se não a certeza de que ela é finita? Entendendo que a morte é um fato, é curioso saber que falar sobre ela ainda enseja ao mesmo tempo horror e curiosidade.  

“Quem não pensa sobre a morte, ou passa o tempo com medo dela ou, por esquecê-la, vive apaziguado na insensatez e na falta de rumo, sobrevoando superficialmente coisas e pessoas. Não se envolve, não se entrega, não se perde, não se acha – não vive” (Jelson Oliveira).

Para a filosofia, a morte é uma musa. Inspirando a reflexão sobre a vida, seu sentido e a melhor forma de desfrutá-la, cientes de que a morte é um instante de vida, uma característica de tudo o que vive.  

O sentido da vida foi o tema do Café Filosófico do Instituto Ciência e Fé que inspirou esse livro. Convidada a falar sobre a morte, a professora Scarlett Marton faz uma reflexão densa, provocante e emocionante para a qual você está convidado ao ler esta obra. Com a profundidade de um ensaio e a leveza de uma conferência, Scarlett trafega entre os grandes nomes da Literatura e da Filosofia, resgatando suas inspirações.  

Scarlett Marton, uma das mais importantes filósofas brasileiras, é também uma exímia conhecedora da filosofia de Nietzsche e sua produção reflete o que ele pretendia, que a vida e a obra estejam interconectadas em busca de um único sentido: a potencialização e o crescimento dos instintos vitais.  

Scarlett pesquisa e vive de perto muitos dos dilemas trazidos nesta obra. Sua vida e seus textos são inspiradores. “Neste ensaio, perspicaz e provocador, Scarlett Marton nos recorda que a morte não é um mero detalhe de nossa existência. Trata-se da maior e mais definitiva ruptura. Para alguns o fim; para outros uma passagem; para outros, ainda, uma chance de recomeçar” (Fabiano Incerti).