SINOPSE
Compreender a obra de um filósofo é como aventurar-se numa densa floresta para descobrir seus muitos mistérios escondidos. Karl Raimund Popper é um dos mais conhecidos e respeitados filósofos do século XX, sobretudo no campo da epistemologia e da filosofia das ciências. Sua obra inclui títulos como A lógica da pesquisa científica, A sociedade aberta e seus inimigos, Conjecturas e refutações, O mito do contexto e abarca os principais temas da filosofia da ciência e da filosofia política, estendendo se desde os problemas da verdade e do método científico até as questões da tolerância e da paz.
Analisando dois conceitos fundamentais para compreensão da filosofia da ciência proposta por Popper “problema da indução” e “problema da demarcação”, Introdução ao pensamento de Karl Popper é uma aproximação crítica à epistemologia do filósofo austríaco. Com destaque para algumas obras, mas embasados em toda a sua criação, os autores buscam compreender suas ideias e os postos-chave de sua filosofia neste livro construído de forma clara e simples para permitir a todos os leitores o mais proveito possível destas páginas. Bortolo Valle e Paulo Eduardo de Oliveira são exímios pesquisadores nos campos da filosofia e da epistemologia, este trabalho é fruto não apenas da sua dedicação ao tema, mas da intenção de promover a compreensão progressiva dos aspectos fundamentais da filosofia popperiana, bem como, do seu trabalho e racionalismo crítico. Para tanto, extrapolam a própria obra popperiana, ao tratar das análises críticas de Imre Lakatos, Thomas Kuhn e Paulo Feyerabend.
“Que, além de outros frutos de interesse acadêmico e filosófico, este livro também possa contribuir para a construção de um mundo melhor. Esse era o incansável anseio de Popper, escondido como diminuto musgo ou gramínea em todos os cantos da imensa floresta… e em cada página de sua obra.” (Bortolo Valle e Paulo Eduardo de Oliveira)
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Impresso
Formato: 12 x 20 cm
Páginas: 172
Ano: 2010
Referência
VALLE, B.; OLIVEIRA, P. E. Introdução ao Pensamento de Karl Popper. Curitiba: PUCPRESS, 2010.
AUTOR
Bortolo Valle
Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Especialização em Filosofia da Educação e em Didática do ensino Superior, ambos pela PUCPR. Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, professor da Faculdade Vicentina de Filosofia – FAVI e professor titular do Centro Universitário Curitiba – UNICURITIBA. Tem trabalhado com as disciplinas de Filosofia e Direito, Filosofia Antiga e Medieval, Filosofia da Linguagem. As pesquisas em desenvolvimento têm sido nucleadas sobre o pensamento de Wittgenstein, mais especificamente sobre a questão do “inefável”, bem como sobre o tema da estética no autor. Desenvolve ainda projetos de pesquisa sobre a questão do corpo em Edith Stein, da mística em Simone Weil bem,sobre o tema do exílio em Maria Zambrano bem como filosofia da ciência a partir de Karl Popper.
Paulo Eduardo de Oliveira
Educador, Filósofo e Hipnoterapeuta, com carreira de 28 anos em atividades docentes, administrativas e de formação de professores, em instituições de educação básica e de ensino superior, da graduação à pós-graduação lato e stricto sensu. Atua principalmente nos seguintes temas: filosofia, ética, epistemologia, filosofia da linguagem, filosofia da ciência, filosofia da educação, relação entre filosofia e educação, produção do conhecimento científico. Na área de formação de professores, atua em diversos temas, com destaque para as “metodologias ativas de aprendizagem”.
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SUMÁRIO
Introdução
1. A demarcação do saber
1.1. A invenção das ciências
1.2. Popper e o problema da demarcação
1.3. Aspectos biográficos do filósofo
1.4. O marcante ano de 1919
1.5. O fim da Primeira Guerra
1.6. A experiência marxista
1.7. Os contatos com Freud e Adler
1.8. O encontro com Einstein
2. A primeira grande publicação
2.1. A lógica da pesquisa científica
2.2. Popper e o Círculo de Viena
2.3.A lógica e as principais ideias de Popper
3. A influência filosófica que Popper recebeu
3.1. A influência darwiniana
3.2. As influências filosóficas
3.3. A noção de ciência antes de Francis Bacon
3.4. A ciência indutiva de Bacon
3.5. A favor ou contra Bacon
3.6. A crítica de Popper a Bacon
3.7. Popper e a teoria baconiana dos idola
3.8. Um ponto de convergência
3.9. Os contrapontos entre Bacon e Popper
4. Influência de Hume no pensamento de Popper
4.1. A crítica humeana ao método indutivo
4.2. O problema lógico da indução
4.3. O problema psicológico da indução
4.4. O ceticismo como solução
4.5. As posições aproximadas de Popper e de Hume
5. A influência kantiana sobre Popper
5.1. Uma aproximação ao pensamento de Kant
5.2. A teoria do conhecimento de Kant
5.3. Kant e o problema da demarcação
5.4. Como salvar a metafísica
5.5. Uma análise popperiana da filosofia de Kant
5.6. Antes e depois de Popper
6. A solução popperiana do problema de Hume
6.1. Os problemas de Hume e de Kant
6.2. A visão popperiana da indução
6.3. A adoção de um princípio de indução
6.4. É possível justificar a indução?
6.5. Indução e probabilidade
6.6. Como resolver o problema da indução?
6.7. Rejeição da lógica indutiva
6.8. Uma nova concepção de ciência
6.9. Superando Hume
6.10. A novidade da proposta popperiana
7. O problema da demarcação
7.1. Para conhecer não é preciso demarcar
7.2. O significado da demarcação
7.3. Demarcação e atitude crítica
7.4. A ciência é sempre provisória
7.5. O caráter crítico da atividade científica
7.6. Demarcação, metafísica e significação
7.7. O caso das pseudociências
7.8. Programas metafísicos de investigação
7.9. A assimetria entre falsificação e verificação
8. Método, dedução e falseabilidade
8.1. Uma nova função para o método
8.2. Dedução e falseacionismo
8.3. Teorias não devem se autodefender
8.4. Teorias para serem refutadas
8.5. O método de tentativa e erro
8.6. O postulado metodológico e o critério lógico
9. A crítica de Lakatos ao falseacionismo de Popper
9.1. A metodologia dos programas de pesquisa
9.2. O falseacionismo dogmático
9.3. O falseacionismo metodológico
9.4. Divergências na história da ciência
9.5. Falseacionismo ingênuo e sofisticado
9.6. A metodologia dos programas de pesquisa
9.7. A crítica de Lakatos à epistemologia de Popper
10. Ciência normal e ciência revolucionária
10.1. Por que analisar a posição de Kuhn?
10.2. Pontos de contato e semelhanças entre Popper e Kuhn
10.3. A primeira crítica de Kuhn a Popper
10.4. A segunda crítica de Kuhn a Popper
10.5. A terceira crítica de Kuhn a Popper
10.6. Da lógica à sociologia da ciência
11. O anarquismo metodológico
11.1. O anarquista metodológico
11.2. A tese da incomensurabilidade
11.3. A proposta de uma ciência não racional
11.4. A concepção feyerabendiana de anarquismo
11.5. O “vale-tudo” como única regra
11.6. A crítica do ideal de racionalidade
11.7. A crítica da ideia de evolução do conhecimento
Conclusão
Referências
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