SINOPSE
Entendemos oportuno propor uma classificação das situações de vulnerabilidade em três tipos: vulnerabilidade existencial, social e moral. A existencial se origina da condição de fragilidade inerente à existência humana, de cada ser vivo, e do próprio planeta. No âmbito da realidade humana as situações de vulnerabilidade existenciais são as que ocorrem independentemente dos contextos sociais, econômicos e culturais. Já a vulnerabilidade social se origina das estruturas políticas e econômicas, não raramente construídas por um processo histórico injusto que cumulativamente direciona favores e privilégios a determinados grupos à custa de negar os mesmos favores e serviços a outros grupos sociais. Diante da vulnerabilidade social o ser humano se depara com a injustiça social com fortes implicações econômicas, ideológicas e com apelo ao engajamento político. Por fim, a vulnerabilidade moral surge do processo cultural, que impacta sobre a nossa construção de visão do mundo e escala de valores. Na construção de visão do mundo, além da posição social das pessoas, há muitos outros fatores que impactam fortemente como a religião, o costumes, a arte. Dessa forma, as situações de vulnerabilidade moral são mais difíceis de serem percebidas, pois são alimentadas pelas convicções humanas e por isso são muitas vezes negadas como vulnerabilidades.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Impresso
Formato: 15 x 21 cm
Páginas: 220
Ano: 2012
Referência
SANCHES, M. A.; GUBERT, I. C. (Orgs.). Bioética e vulnerabilidades. Curitiba: PUCPRESS, 2012.
AUTOR
Mário Antônio Sanches
É professor Titular da PUCPR Fez pós-doutorado em Bioética na Cátedra de Bioética da Universidad Pontificia Comillas, em Madrid, com bolsa da CAPES/Fundação Carolina. É Doutor em Teologia, pela EST/IEPG, de São Leopoldo, RS.Sua tese de doutorado, na área de bioética, foi fruto de pesquisa – com apoio da Capes – no Instituto Kennedy de Ética na Universidade Georgetown, Washington, DC. É mestre em Antropologia Social, pela UFPR, especialista em Bioética e licenciado em Filosofia. Hoje é professor no Programa de Pós-graduação em Teologia e no Programa de Pós-graduação em Bioética da PUCPR, líder do Grupo de Pesquisa Teologia e Bioética, membro da SBB/PR e membro do Comitê de Bioética do Hospital Pequeno Prícnipe. Professor visitante no Instituto Superior de Filosofia e Teologia D. Jaime G. Goulart, Dili, Timor Leste. Pesquisa em bioética e teologia com relação aos temas de família, parentalidade e sexualidade.
Ida Cristina Gubert
Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (1975),Mestrado em Genética pela Universidade Federal do Paraná (1986), Doutorado em Farmacologia Bioquímica e Molecular pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005) e Pós-Doutorado em Ética em Investigação na Facultad Latino Americana de Ciências Sociales ( FLACSO – Argentina — Maestria concluída em Abril 2021). Professora Titular da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Imunologia, com ênfase em Imunologia Aplicada, atuando principalmente em Imunologia e Saúde Pública. Atualmente é Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná e membro do Núcleo de Estudos em Bioética ( NEB)-Curitiba, PR.
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SUMÁRIO
Apresentação
Bioética, vulnerabilidade e educação
Patricia Maria Forte Rauli e Ricardo Tescarolo
Genética e vulnerabilidade
Ida Cristina Gubert e Cláudia Seely Rocco
Da vulnerabilidade do embrião emergente da reprodução humana assistida
Valéria Silva Galdino Cardin e Cristiane Gehlen Winckler
A vulnerabilidade do transexual
Tereza Rodrigues Vieira
Pressão é vida: movimentos sociais na busca de medicamentos para AIDS
Leide da Conceição Sanches e José Miguel Rasia
Gênero, vulnerabilidades e HIV/AIDS: um olhar fenomenológico
Cléia Peretti
Bioética nos cuidados neonatais
Mário Antonio Sanches
Dor e sofrimento: uma reflexão em bioética
Thereza Salomé D’Espíndula e Karina Cervi Santos
Vulnerabilidade do enfermo e a relação de cuidado
Waldir Souza
Vulnerabilidade no ambiente de trabalho: assédio moral
Leda Maria Messias da Silva
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