O sentido das palavras sempre teve papel fundamental nas reflexões filosóficas e a linguagem enquanto tema, um lugar central na filosofia do século XX. Para Richard Rorty (1967), a Filosofia da Linguagem é motivada pelo desejo de dizer algo sistemático acerca de nossa noção intuitiva de significado. Refletir acerca da noção e da natureza do significado implica ir além da compreensão linguística ordinária, buscando conhecer os limites da linguagem, suas tentativas de exprimir pensamentos e as relações entre mundo, pensamento, o homem e a linguagem.

Mundo e linguagem são fios de um mesmo tecido e se cruzam na estrutura desta obra que se desdobra nos desafios de pensar o papel da linguagem após a virada operada por Ludwig Wittgenstein. Do Neopositivismo Lógico à Teoria dos Atos de Fala, encontramos duas características extremas: ou compreendemos “a linguagem” enquanto um fenômeno científico, geral, ou aceitamos a forma ilocucionária e performativa que nosso discurso carrega.

Este livro procura apresentar o trabalho dos principais autores contemporâneos que se evidenciam no campo da Filosofia da Linguagem. A obra, escrita pelos principais especialistas do Brasil e Portugal – João Branquinho, Guido Imaguire, Léo Peruzzo, Bortolo Valle, Nelson Gomes, Gelson Liston, Garibaldi Sarmento, Kanavillil Rajagopalan, Tárik de Athayde Prata, Itamar Gelain e Jônadas Techio -, está longe de uma visão comum e busca compartilhar com o leitor o quadro de referências que compõem a Filosofia da Linguagem.

Mérito das prestigiosas pesquisas e atuação acadêmica de seus autores, os estudos que compõem esta obra constituem uma espécie de álbum de onde se pode visualizar certas notas características do grande debate a respeito da filosofia da linguagem. Esta segunda edição é dedicada ao espírito crítico que move a academia e a uma centena de leitores e leitoras que foram responsáveis por esgotar a sua primeira edição.