SINOPSE
Ninguém com 30 ou mais anos de idade estranharia a relação entre a palavra avaliação e a sua conotação pejorativa que lhe colocava no lugar de mal necessário. Claro, realizar uma avaliação nessa época dizia mais sobre o quanto podemos ser iguais do que sobre aquilo de que somos capazes. “Era a época do verdadeiro ou falso, das questões com respostas curtas ou de múltipla escolha.” (Gérard Scallon)
Mas, nesse cenário, qual o ganho para as escolas, para a educação e, principalmente, para os estudantes? Foi assim que a elaboração de programas por objetivos abriu caminhos para a avaliação como um processo capaz de reconhecer a subjetividade das diferentes habilidades. Deixamos então de comparar os indivíduos entre si para compreender, isoladamente, tudo aquilo de que um estudante é capaz. Nascia assim a interpretação criterial.
Destinado aos professores comprometidos com uma abordagem por competências, este livro preocupa-se em reunir a teoria e a prática, ciente de que não há receita pronta nem solução mágica a ser proposta, menos ainda, rotina estabelecida a recomendar. Discutindo de forma clara e abrangente a avaliação da aprendizagem numa abordagem por competências, Gérard Scallon parte do esclarecimento de conceitos fundamentais para contribuir de forma muito significativa com a formação dos nossos educadores e gestores acadêmicos e, consequentemente, o avanço de nossos modelos educacionais.
Gérard Scallon vive a avaliação de aprendizagens na academia e na prática. Seus trabalhos mais relevantes tratam da metodologia de avaliação formativa e, mais recentemente, da avaliação das competências. Nesta obra, traduzida para o português pela PUCPR, trata sobre a série de reflexões sob o ponto de vista da avaliação da aprendizagem provocada pelo aparecimento da abordagem por competências.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Impresso
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 445
Ano: 2015
E-book
Formato: epub
Páginas: 468
Ano: 2017
Referência
SCALLON, G. Avaliação da aprendizagem numa abordagem por competências. Trad. Juliana Vermelho Martins. Curitiba: PUCPRES, 2015.
AUTOR
Gérard Scallon
Leciona avaliação de aprendizagens na Faculdade de Ciências da Educação da Universidade Laval, Quebec, desde 1968. Diplomado em Pedagogia pela Universidade Laval, obteve seu doutorado (PhD) em 1973 no Ontario Institute for Studies in Education, na Universidade de Toronto. Os trabalhos mais relevantes em sua carreira de professor e pesquisador tratam da metodologia de avaliação formativa e, mais recentemente, da avaliação das competências. É autor de dois livros que discutem a importância do feedback como método de controle de aprendizagem na avaliação formativa. O aparecimento da abordagem por competências gerou uma série de reflexões sob o ponto de vista da avaliação da aprendizagem. Essa é, principalmente, a questão tratada neste livro. Mas sua reflexão não terminou com esse texto. G. Scallon prosseguiu nos estudos com um novo livro: Dessavoirs aux compétences: explorations en évaluation, que discute especialmente a noção de progressão. O autor criou e implantou cursos de graduação e de pós-graduação, destinados tanto a futuros professores quanto a administradores de escolas, sobre avaliação formativa e avaliação das competências.
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SUMÁRIO
Primeiro prefácio à edição brasileira
Segundo prefácio à edição brasileira
Introdução — Avaliação de aprendizagens: um domínio em evolução
Capítulo 1 – A renovação na educação e as práticas de avaliação
1.1. A renovação do vocabulário
1.2. Aspectos escolhidos da renovação na avaliação
1.3. Perspectiva tradicional e nova perspectiva: quadro comparativo
1.4. Conclusão
Capítulo 2 – Conhecimentos e habilidades: objetos clássicos da avaliação
2.1. Situação de avaliação
2.2. Avaliação e objetivos
2.3. Conhecimento ou habilidade: variações em torno de um exemplo
2.4. Situações de avaliação e objetivos: tentativa de classificação
2.5. Situações de avaliação e objetivos: uma relação bidirecional
2.6. Aproximação com as nomenclaturas mais recentes de objetivos
2.7. Conclusão
Capítulo 3 – Inferir estratégias
3.1. Noção de estratégia
3.2. Definições básicas de uma estratégia
3.3. Alguns exemplos de estratégias
3.4. Características essenciais das estratégias
3.5. Como inferir uma ou mais estratégias
3.6. Aspectos de ordem prática
3.7. Avaliar ou inferir estratégias?
3.8. Questões em aberto
Capítulo 4 – Inferir saber-ser
4.1. Os problemas da avaliação
4.2. Segundo que perspectiva inferir os saber-ser?
4.3. O domínio afetivo como fonte de objetivos a atingir
4.4. Os saber-ser e as condições de aprendizagem
4.5. Os saber-ser e os indicadores de desempenho
4.6. Procedimentos de coleta de informações
4.7. Conclusão sobre os saber-ser
Capítulo 5 – Noção de competência
5.1. Noção de competência
5.2. Operações engajadas no exercício de uma competência
5.3. Situações de avaliação
5.4. Noção de competência: inventário
Capítulo 6 – Situações de avaliação e competências
6.1. Situações de desempenho e competências
6.2. Utilização de problemas e de projetos em pedagogia
6.3. Explorar situações existentes ou criar novas?
6.4. Elaboração de situações de avaliação
6.5. Nem tudo é permitido do ponto de vista da avaliação!
6.6. Muito trabalho em perspectiva
Capítulo 7 – Ferramentas de julgamento
7.1. Expressão do julgamento
7.2. Revisão da noção de escala
7.3. Ferramentas de avaliação e escalas descritivas
7.4. Construção de escalas descritivas
7.5. Alguns temas para reflexão
Capítulo 8 – Competências e avaliação contínua: guiar, informar e certificar
8.1. O procedimento de avaliação em perspectiva
8.2. Um exemplo para compreender e suscitar interrogações
8.3. Antologia de questões sem resposta
Capítulo 9 – Para um controle de qualidade das situações e das ferramentas de julgamento
9.1. Universo das situações, dos julgadores e dos momentos: um exemplo
9.2. Concordância dos julgamentos
9.3. Quando o desempenho depende das situações e das ocasiões
9.4. A “generalizabilidade” ou como tratar vários fatores simultaneamente
9.5. Validade: uma qualidade a ser redefinida
9.6. Conclusão: ações a serem apresentadas para melhorar os dispositivos de avaliação
Capítulo 10 – Portfólio: uma ferramenta para estimular a autoavaliação
10.1. Contexto conceitual do portfólio
10.2. As múltiplas facetas da autoavaliação
10.3. Avaliação de um portfólio
10.4. Como forma de conclusão
Capítulo 11 – Formação em avaliação, à guisa de conclusão
11.1. Formação em avaliação por competências
11.2. Avaliação: um objeto de pesquisa e de desenvolvimento
11.3. Difusão dos saber-fazer na avaliação
11.4. Palavra final
Referências
Índice
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