Ontem comemoramos O Dia do Jornalista, um profissional que, mais do que apurar fatos, é como se fosse uma janela para o mundo, informando o público sobre diversos acontecimentos locais, regionais, nacionais e internacionais.
Servindo muitas vezes como porta-voz para aqueles que não conseguem ser ouvidos, jornalistas enfrentam diversas barreiras para conseguir realizar sua profissão; que vão desde a censura até a desqualificação do seu trabalho por autoridades.
Principalmente na era tecnológica, em que a desinformação está a apenas alguns cliques, assassinando reputações ou mudando o rumo de eleições, a profissão do jornalista nunca foi tão necessária. Sem todo o trabalho que envolve a publicação de uma notícia, que corresponde a uma profunda pesquisa sobre determinado acontecimento, todo leitor está sujeito a ser instrumento para interesses escusos ou a disseminar notícias falsas, mesmo que despretensiosamente.
Pensando em todas essas questões, a PUCPRESS indica um livro de seu catálogo, A vida curta de um fato; livro que inclusive foi destaque em 2022 pela Revista Quatro Cinco Um.
Como uma espécie de making of literário, a obra mostra a correspondência entre o autor de um texto sobre suicídio, John D’Agata, que pode ser considerado uma fake news devido a erros factuais, e o checador de fatos, Jim Fingal, ao longo sete anos até a sua publicação; um verdadeiro duelo dramático e fascinante sobre os limites da literatura de não ficção.
A vida curta de um fato permite ao leitor acompanhar um embate feroz entre duas pessoas inteligentes com pontos de vista absolutamente distintos. Uma disputa que, ao falar sobre os limites de um texto literário baseado em fatos, analisa também a relação que escritores e leitores têm com a literatura.
Afinal, quais são os limites da literatura de não ficção? O que pode ser considerado uma fake news? Essas e outras questões são debatidas neste livro, não perca a oportunidade de conferir!